Tudo sobre colas para Martelinho de Ouro
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13 janeiro, 2025

Tudo sobre colas para Martelinho de Ouro

Descubra qual cola usar no Martelinho de Ouro e evite retrabalho. Conheça as diferenças entre colas frias e quentes. Leia o guia completo!

Quando falamos em Martelinho de Ouro, também chamado de PDR (Paintless Dent Repair), logo pensamos em habilidade manual, técnicas minuciosas e olhos treinados para detectar cada detalhe da lataria. Mas há um elemento muitas vezes subestimado: as colas.

Se você é profissional experiente ou aspirante, sabe que uma pequena falha na fixação pode resultar em horas extras de trabalho ou, pior, comprometer a qualidade do reparo. Por isso, vamos explorar tudo o que você precisa saber sobre colas: diferenças técnicas, aplicação correta, soluções para cenários difíceis e as inovações que estão transformando o mercado.

A função da cola no Martelinho de Ouro

Em qualquer reparo de Martelinho de Ouro, a cola funciona como o elo entre a lataria amassada e o ferramental de tração, seja com pinos ou ventosas especiais. Esse componente muitas vezes é subestimado, mas desempenha um papel fundamental: garantir a ancoragem perfeita para puxar o metal de volta ao seu estado original, sem descascar ou trincar a pintura.

cola é aplicada diretamente na área danificada, unindo-se à ventosa que será puxada pela ferramenta. Se a adesão falhar, todo o processo fica comprometido. Um dos pilares da técnica de PDR é manter a pintura intacta. Por isso, a cola adequada deve ser forte o suficiente para fixar, mas também fácil de remover, evitando danos na camada de tinta.

Ao optar por colas de alto desempenho, você reduz o risco de retrabalho e evita o uso excessivo de força. Isso se traduz em menos estresse na chapa e mais rapidez no acabamento. Uma cola de boa qualidade facilita a aplicação, reduz o tempo de cura e agiliza a remoção ao final do reparo. Menos perda de tempo significa atender mais clientes com maior eficiência.

Tipos de colas usadas no Martelinho de Ouro

Existem dois principais tipos de colas utilizadas no Martelinho de Ouro: colas quentes (hot glue) e colas frias (cold glue). Cada tipo tem propriedades distintas que influenciam sua escolha de acordo com a situação. Se a temperatura estiver muito elevada ou muito baixa, a cola pode reagir de forma imprevisível.

Profissionais experientes avaliam o ambiente e selecionam a cola com composição mais adequada, garantindo uma performance consistente. Além disso, antes de partir para a aplicação da cola no veículo do cliente, faça sempre um teste rápido em uma superfície metálica de descarte. Assim, você confirma se a cola está na consistência certa e se sua pistola de cola (no caso das colas quentes) está calibrada.

Cola quente

Esta é a escolha clássica e mais comum no PDR, graças à sua versatilidade e alto poder de aderência. Ela é derretida por meio de pistolas elétricas, aplicando-se diretamente na ventosa ou pino de tração.

  • A temperatura de fusão varia conforme a formulação da cola e da pistola. Controlar essa temperatura é essencial para garantir tanto a aderência quanto a fácil remoção.
  • Cada variação de cola quente (geralmente identificada por cor, como preta, amarela, verde etc.) costuma ter uma composição pensada para climas específicos (mais frios, mais quentes) ou para oferecer maior ou menor tempo de cura.
  • Há colas de alta performance que fixam em poucos segundos, enquanto outras podem necessitar de até 2 minutos para atingir máxima aderência.

No mercado mundial, temos colas quente, para climas mais quentes como a Cola Tropical, para climas frios a Polar. Para trabalhos de repuxo de amassados "street" podemos trabalhar com a Cola Brasileirinha ou até mesmo as Colas Green e Blue da Power Dent. Cada cola é projetada para desempenhos específicos:

Cola Green

  • Projetada para climas intermediários, com faixa de temperatura de trabalho entre 6°C e 39°C.​
  • Focada em aderência rápida e versátil em condições de temperatura moderada.
  • Muito utilizada para reparar amassados de granizo.
  • Não precisa de álcool para soltar a cola; costuma sair inteira ao puxar.

Cola Brasileirinha

  • Semelhante à Green, mas com maior concentração de resina, o que garante cerca de 15% mais aderência.
  • Rápida, especialmente efetiva em amassados de granizo.
  • Mais fluida; derrete fácil na pistola, facilitando a aplicação sem bolhas.
  • Precisa de álcool; a vantagem é que, por ser mais resinosa, tende a sair em pedaços grandes, minimizando risco de danificar a pintura.

Cola Tropical

  • Indicada para 6°C a 39°C, o que cobre grande parte do território brasileiro.
  • Rápida; ideal para danos de granizo ou amassados que demandem repetidas aplicações.
  • Dispensa uso de álcool, pois não se rompe de forma quebradiça na retirada.

Cola Power Dent Blue

  • Garante boa aderência tanto em amassados pequenos quanto grandes, sendo versátil para oficinas que lidam com alta rotatividade de veículos.
  • Recomendada para 6°C a 39°C, oferecendo resistência constante.
  • Geralmente sai sem grandes dificuldades, embora algumas situações exigem um solvente leve ou álcool isopropílico.

Cola Polar

  • Focada em regiões de clima frio extremo, entre -12°C e 15°C, cobrindo cenários de frio intenso onde outras colas podem falhar.
  • Varia conforme a temperatura ambiente, mas costuma ser rápida o bastante para operações contínuas.
  • Precisa de álcool; não fica quebradiça na retirada, evitando riscos na pintura.

Ficou com preguiça de ler? Dê o play no nosso vídeo e conheça mais sobre as colas quentes.

Cola fria

A cola fria tem ganhado cada vez mais espaço no mercado, principalmente por sua aplicação ampla e versátil e por sua aderência imediata ao entrar em contato com a superfície do veículo, sem tempo de cura. Ela é composta de polímeros que não precisam de calor para ativar sua aderência.

  • Pode ser vantajosa em reparos rápidos de amassados leves, já que a remoção é ainda mais simples (em muitos casos, basta puxar a lingueta para retirar a cola).

No mercado nacional temos as colas da marca Sergio Pilon, também separadas por cores, de acordo com sua resistência ao calor e agora com embalagem de silicone para facilitar o manuseio e conservação.

Cola Azul

  • Uso geral, com maior rigidez.
  • Indicada para amassados comuns, oferece bom controle no repuxo.

Cola Vermelha

  • Fórmula ideal para climas quentes.
  • Mantém aderência e performance mesmo com temperaturas elevadas.

Cola Verde

  • Funciona melhor em dias frios ou regiões com temperaturas abaixo de 10°C.
  • Evita ressecamento e perda de aderência em ambientes frios.

Cola Gold

  • Versatilidade para diversas temperaturas.
  • Elimina a necessidade de aquecimento para ativação.
  • Desempenho superior em amassados simples e complexos.

Ficou em dúvida sobre qual delas você precisa ter na caixa de ferramentas? Dê o play no nosso vídeo e confira mais detalhes.

Leia também: Repuxadeira Magnética: removendo amassados com a técnica de cola fria

Como escolher a cola ideal para cada situação?

Além da temperatura do ambiente e da cola, é preciso analisar outros aspectos do reparo para escolher a cola ideal, confira os principais:

Profundidade e tamanho do amassado

  • Amassados extensos e profundos geralmente requerem colas com maior força de tração, como colas quentes de alta aderência.
  • Para pequenas depressões ou ondulações superficiais, colas de média aderência podem ser suficientes, agilizando o reparo.

Tipo de pintura e acabamento

  • Pinturas originais de fábrica (OEM) costumam ser mais robustas, tolerando bem colas quentes de alta força.
  • Pinturas personalizadas, wraps ou superfícies sensíveis ao calor podem exigir soluções de menor agressividade, como colas frias ou colas quentes com ponto de fusão mais baixo.

Cuidados essenciais para conservação de colas e ferramentas

Quando falamos em qualidade de reparos, não basta apenas escolher a cola adequada; é fundamental que ela mantenha suas propriedades intactas até o momento do uso. O armazenamento correto, aliado a cuidados de conservação, garante maior eficiência, evita desperdício e preserva os investimentos em materiais de alta performance.

  • Mantenha as colas em um ambiente fresco e seco, de preferência entre 15 °C e 25 °C, evitando variações bruscas de temperatura que possam comprometer a textura. A umidade elevada pode gerar condensação e afetar a composição química das colas, reduzindo sua aderência.
  • Muitas colas, principalmente as de alta tecnologia, são sensíveis à luz solar e calor excessivo. Deixe-as sempre em armários fechados ou em local sombreado para preservar sua vida útil.
  • Fique atento ao prazo de validade indicado pelo fabricante. Colas vencidas tendem a perder suas propriedades adesivas, podendo falhar no momento mais crítico do reparo.
  • Sempre guarde suas colas nas embalagens originais, bem seladas, para proteger contra poeira, detritos e contaminantes que possam se misturar ao produto.
  • Evite misturar lotes diferentes ou guardar “retalhos” de bastões de cola sem etiqueta ou identificação.
  • Pistolas de cola devem ser limpas periodicamente, removendo eventuais resíduos que se acumulam nos bicos de saída. Isso evita obstruções e mantém a cola aquecida no ponto certo. 
  • Ao final do dia ou do serviço, libere o restante de cola que possa ficar na câmara interna da pistola para não endurecer e causar danos ou mau funcionamento no uso seguinte.

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Se você chegou até aqui, já sabe: a cola é muito mais do que um detalhe no PDR — ela é parte estratégica do sistema de tração, influencia o resultado final do reparo e pode economizar (ou desperdiçar) horas de trabalho. Por isso, não faz sentido apostar em material duvidoso ou ferramentas improvisadas.

Na Fast PDR Tools, você encontra uma linha completa para seu sistema de cola, testadas em campo e recomendadas por técnicos que entendem da prática. Trabalhamos com marcas reconhecidas e de alta performance, sempre com foco em resultado, segurança e produtividade.

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